JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE

Os JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE, da EPMJMAF, vão debater questões ligadas aos resíduos, biodiversidade e agricultura biológica. Queremos investigar, questionar e recolher todo o tipo de informação capaz de promover a sustentabilidade ambiental. É nosso objectivo: impulsionar o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável do concelho da Povoação.



Este projecto é coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul:
www.abae.pt















domingo, 20 de fevereiro de 2011

O FUTURO PASSA PELA AGRICULTURA BIOLÓGICA





Mas afinal o que é a agricultura biológica? Este tipo de agricultura assenta nos princípios da qualidade ambiental, protegendo os recursos naturais e facilitando o equilíbrio nutritivo. Ou seja, a agricultura biológica não utiliza químicos e fertilizantes que não sejam naturais, promovendo assim uma não contaminação dos solos e dos lençóis de água, deixando o solo no seu estado mais rico e fértil. Esta agricultura estimula o equilíbrio e biodiversidade, através da rotação de culturas, adubos ecológicos, combate de pragas e doenças de modo biológico. Assiste-se, assim, a uma interacção equilibrada entre solo/espécies vegetais/produção animal/Homem. O objectivo principal deste tipo de agricultura é produzir algo que seja benéfico tanto para o ser humano como para o meio ambiente, não gerando qualquer tipo de poluição.

Contudo, esta prática sustentável tem vantagens e desvantagens. Como vantagens temos: Ausência de pesticidas e fertilizantes químicos; Promove a biodiversidade; Promove o emprego, pois este tipo de agricultura necessita de alguma mão-de-obra; Diminuição das contaminações de águas subterrâneas e dos solos pelo uso de químicos; Melhoria da qualidade do ar, da água e do solo; Alimentos mais ricos e nutritivos. Como desvantagens temos: aparência do produto pode não ser a mais chamativa (brilho, tamanho, entre outros), apesar do enorme valor nutritivo; A durabilidade da conservação do produto, também, é mais reduzido; Custos de produção mais caros, logo os produtos também são mais caros.

Apesar de todas estas desvantagens, a verdade é que se tem assistido a um aumento desta prática por toda a Região, desde 1997. As ilhas com maior peso nesta área são: Terceira, S. Jorge e S. Miguel, com cerca de 66,5ha em 2006. As pastagens, os frutos secos e a horticultura detêm o maior peso desta prática sustentável. Sem dúvida que os Açores possuem uma enorme potencialidade para este tipo de agricultura devido à qualidade do solo e as condições climatéricas amenas, com precipitação durante todo o ano. Existem inúmeras explorações em S. Miguel e um destes exemplos mais marcantes é a Quinta Estrela em Rabo de Peixe, com uma áreas de 1ha. A produção baseia-se essencialmente em produtos hortícolas e citrinos, ervas aromáticas e amendoim. Outro grande exemplo é a Quinta do Priôlo, com cerca de 25ha, em Ponta Delgada. Para além de produtos hortícolas, têm também plantas decorativas e animais. Esta quinta funciona como horta pedagógica e promove a educação ambiental para crianças e jovens.

A Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira alia-se a esta prática ambiental, tendo em conta o seu projecto Eco-Escolas, e cria a primeira horta biológica que será “inaugurada” em Março deste ano. Esta horta biológica irá produzir diversos produtos hortícolas de um modo natural e sustentável, tendo em consideração os ciclos biológicos e a qualidade alimentar dos formandos da Escola. A Escola Profissional orgulha-se de inovar e de apostar naquilo que faz a diferença. O futuro começa agora!

Nenhum comentário:

Postar um comentário