JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE

Os JOVENS REPÓRTERES PARA O AMBIENTE, da EPMJMAF, vão debater questões ligadas aos resíduos, biodiversidade e agricultura biológica. Queremos investigar, questionar e recolher todo o tipo de informação capaz de promover a sustentabilidade ambiental. É nosso objectivo: impulsionar o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável do concelho da Povoação.



Este projecto é coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul:
www.abae.pt















quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Música da Reciclagem!


Vida em todos os lugares
E estimando a nossa Rua
Evitar lixo nos mares
Pois a Natureza é Tua!

Juntos devemos lutar
para evitar poluição
Ver o mar limpo a passar
esta é a nossa missão!

Refrão:

Reciclar é um dever
reduzir, reutilizar
para podermos viver
e o mundo respirar.
Abre o teu coração
material vamos separar
evitando a poluição....
Resíduos transformar
Transformar 2x
Resíduos vamos transformar.

Todos juntos neste caminho
assim o mundo vai mudar
O lixo tem destino
Que é voltar utilizar!

Atitude devemos ter
confiança e certeza
Para conseguir viver
Junto à nossa natureza!


Refrão:
Reciclar é o nosso dever
reduzir e reutilizar
para que podermos viver
e o mundo respirar.
Abre o teu coração
material vamos separar
evitando a poluição
resíduos transformar....
Transformar 2x
RESÍDUOS VAMOS TRANSFORMAR!!!


domingo, 10 de abril de 2011

EXPOSIÇÃO "POR UM SOLO MELHOR"





No seminário "Por um Solo Melhor" não podíamos deixar de expor tudo aquilo que foi produzido tendo em conta os temas que foram devidamente abordados: Resíduos, Biodiversidade e Agricultura Biológica.

Assim, elaboramos diversos objectos através de materiais passíveis de serem reciclados (garrafas de água, papel e cartão, caixas de ovos, latas de refrigerante, pasta de papel, páginas amarelas, entre muitos outros). Foram expostos todas as endémicas existentes no concelho da Povoação e que pertencem à floresta Laurissilva, elaboramos uma maquete sobre a agricultura biológica e ainda produzimos alguns posters alusivos aos três temas.

Aqui ficam as fotos para registar este grande momento.

A NOSSA HORTA



































Como não podia deixar de ser, a nossa horta continua a aumentar. Já semeamos milho, tomate e batata e plantamos alface, couves, repolho e cebola.

Neste momento temos a horta completa e já vedada. Fica aqui algumas fotos como forma de actualizar o nosso trabalho.

O Mundo dos Plásticos: do fabrico à Biodegradação









































No dia 30 de Março a turma de Turismo Ambiental e Rural recebeu os responsáveis pelo OMIC (Observatório Microbiano dos Açores), para mais uma actividade no campo dos resíduos. Esta actividade intitulada "O Mundo dos Plásticos: do fabrico à sua Biodegradação", permitiu aos formandos do curso conhecerem a origem e formação do plástico.

Nesta actividade ficou realçado que a maioria dos materiais encontrados, a quando da nossa deslocação às Caldeiras das Furnas, foi essencialmente o Plástico. Na altura conseguiu-se resgatar cerca de 74Kg de resíduos. No mês de Março, numa outra intervenção do género, a quantidade de resíduos no mesmo local ascendeu a 97Kg, o que revela a situação preocupante em que se encontram todas as áreas do concelho, principalmente as áreas protegidas. A maioria da comunidade não se encontra minimamente sensibilizada para estas questões ambientais, e para a necessidade de não deixar "lixo" de uma forma desgovernada.

Durante a actividade foi explicado, também, através de um pequeno documentário, todo o percurso dos plásticos no planeta, reforçando a ideia de que hoje em dia são produzidos, anualmente, cerca de 6 biliões de toneladas de "lixo" e que este mesmo tem como destino final o mar. Esta situação é preocupante visto que o plástico é um material que não se degrada com facilidade, o que irá provocar diversos problemas ambiental. Um exemplo desta situação é no ambiente marinho onde, por exemplo, as aves ao tentarem consumir o peixe acabam por apanhar diferentes tipos de resíduos, pois estas não sabem destingir o seu alimento. Nesta caso as aves acabam por não ter os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento não conseguindo consequentemente alimentar as suas crias e ambas acabam por morrer.

Numa segunda fase, desta actividade, os formandos ficaram a conhecer os diferentes tipos de plásticos e as suas características, como forma de aprenderem a separar os diferentes tipos de plásticos.

Por fim, os formandos foram convidados, através de testes laboratoriais, a conhecer os diferentes tipos de plásticos. Foram divididos em 3 grupos e tinham ao seu dispor diversos materiais de apoio: Lamparina, álcool isopropílico, duas varetas de madeira, 5 frascos, fio metálico, pinça/mola, parafilm, água, 1 x-ato, acetona, um protocolo, o procedimento experimental com cerca de 6 testes e, por fim, uma grelha para registar todas as observações detectadas.

Foi uma actividade bastante interessante uma vez que permitiu aos formandos analisarem as consequências que advém da não gestão dos nossos resíduos. A sensibilização para esta problemática é o primeiro passo para conseguirmos, num futuro, ter uma sociedade mais respeitadora do meio ambiente e mais preocupada em determinar medidas para combater o avanço assustador deste material.


A Equipa Eco-Escolas

quarta-feira, 23 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA FLORESTA





















































Para celebrar o Dia Mundial da Floresta a Escola Profissional da Povoação, no âmbito do projecto Eco-Escolas, decidiu criar um espaço para a plantação de espécies endémicas no Jardim da Escola.

Juntou-se a esta acção de sensibilização ambiental a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, que nos forneceu diferentes espécies para preenchermos o nosso "Cantinho das Endémicas".

Todos os formandos do Curso de Turismo Ambiental e Rural puderam plantar cada um a sua espécie e até mesmo o Director Técnico-Pedagógico, Dr. Tiago Santos, fez questão de plantar uma endémica.

Este espaço, que estará a cargo da equipa Eco-escolas, deverá permanecer cuidado e limpo e contará com placas feitas pelos mesmos contendo informação acerca de cada espécie. Esta acção teve como principais objectivos não só o de cativar os formandos e comunidade escolar para questões ligadas à preservação de espécies endémicas mas, também, para questões ligadas à protecção do solo e dos lençóis de água, como forma de equilibrar todo este ecossistema ambiental.

A equipa Eco-escolas deseja a todos um excelente Dia Mundial da Floresta. Lembrem-se: Floresta é Vida, preserve-a!

segunda-feira, 21 de março de 2011

A COMPOSTAGEM DOMÉSTICA - Entrevista a Mário Rodrigues, Agricultor, do concelho da Povoação













A compostagem é um processo natural de decomposição biológica de resíduos orgânicos, que origina um produto estabilizado, denominado de composto. O senhor Mário Jorge Rodrigues vai-nos explicar o porquê do seu uso já que é cidadão exemplar no que toca a práticas agrícolas sustentáveis.










A compostagem é um processo natural de decomposição biológica de resíduos orgânicos, que origina um produto estabilizado, denominado de composto. Este composto possui inúmeros nutrientes e é facilmente assimilado pelas plantas, sendo útil na agricultura, jardinagem, parques públicos, entre outros.

Normalmente os materiais biodegradáveis são classificados de castanhos e verdes. Os castanhos são resíduos dos jardins já secos, como aparas de madeira, relva, folhas secas, entre outras, enquanto que os verdes são restos de comida, vegetais, frutos, entre outras.

O composto tem a duração de três a doze meses, este meio é um fertilizante orgânico que estimula o desenvolvimento das raízes das plantas, aumenta a capacidade de infiltração de água, mantém estáveis a temperatura a os níveis de acidez do solo, dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras, activa a vida do solo e reduz o uso de herbicidas e pesticidas.

É importante referir que a agricultura biológica consiste no cultivo de produtos vegetais por meio de métodos naturais, sem pesticidas, nem adubos químicos. Neste tipo de agricultura são utilizados materiais e práticas tradicionais e descobertas científicas que permitem manter e promover o equilíbrio ambiental, promovendo a saúde e segurança.

Para concluir, a compostagem e a agricultura biológica são uma mais-valia para o meio ambiente.


Após a apresentação do processo de compostagem, a equipa de reportagem dos JRA da Escola Profissional da Povoação, entrevistou o agricultor Mário Jorge Melo Rodrigues, que desde sempre utilizou o método da compostagem na sua horta.

1- Senhor Mário Rodrigues para si o que é a compostagem?

A compostagem é um conjunto de resíduos orgânicos, que depois de estabilizado produz o tal composto. Esse composto pode levar meses a ser feito.

2- Como se faz a compostagem?

A compostagem faz-se da seguinte forma: juntam-se todos os resíduos, deixa-se fazer a secagem e depois coloca-se os resíduos orgânicos. Depois de estar pronto coloca-se na terra e com o sacho mistura-se tudo.

3- Para que serve a compostagem?

A compostagem serve para fertilizar os solos, para dar um verdadeiro sabor e qualidade aos produtos. Estes produtos são considerados biológicos. Na minha horta só utilizo este método natural.

4- Quanto tempo demora a compostagem?

Como já disse anteriormente a compostagem tem uma duração de três a quatro meses, para ter tempo de fazer o processo de secagem e apodrecimento, mas pode levar mais tempo.

5- Que tipo de alimentos é que pode levar a compostagem?

Leva todo o tipo de resíduos orgânicos: restos de fruta, de legumes, cascas de ovo, entre outros. Deve levar ervas e dejectos de animais. Convém colocar um plástico por cima da compostagem para que a temperatura aumente e o apodrecimento seja mais rápido.

6- Sempre fez compostagem?

Já faço compostagem há mais de 20 anos. O meu pai e meu avó sempre fizeram isso. Não tinha esse nome, mas sempre utilizamos os restos de resíduos orgânicos para fertilizar a terra, pois antigamente não havia fertilizantes químicos.

7- Existe mais alguém na família que faça este tipo de fertilização?

Não. Hoje em dia já ninguém utiliza a compostagem e nem tem hortas. Ninguém quer ter trabalho e preferem comprar tudo pronto. O que é uma pena pois os produtos têm muito melhor qualidade.

8- Para si quais as vantagens da compostagem?

As vantagens são muitas. Este processo permite fertilizar os solos; Os produtos têm uma grande qualidade e são naturais não prejudicando o ser humano; A sua textura, também, é melhor. Apesar do método de produção seja mais lento, a qualidade do produto supera todas as expectativas. Faço um apelo para as pessoas começarem a criar as suas hortas nos seus quintais e produzirem os seus próprios alimentos. O ambiente e a nossa saúde agradecem.


Agradecemos a colaboração deste cidadão do nosso concelho pela entrevista fornecida e esperemos que a população se reveja neste agricultor e comece a adquirir práticas ambientais mais sustentáveis.

SEMINÁRIO "Por um Solo Melhor"

A equipa Eco-Escolas da Escola Profissional da Povoação está a organizar o seminário “Por um Solo Melhor” que se vai realizar nos dias 4, 5 e 6 de Abril, no Auditório Municipal desta Vila. Este seminário irá abordar três temas de enorme relevo para o concelho: Resíduos, Biodiversidade e Agricultura Biológica e contará com a presença de diversas individualidades e especialistas nas três áreas.

Este seminário faz parte do Plano de Acção do programa Eco-Escolas que pretende sensibilizar a comunidade concelhia e dos formandos para questões ligadas aos resíduos, à protecção da biodiversidade e no campo da agricultura biológica, de forma a promover a educação ambiental.

No dia 4 dedicaremos a manhã à problemática dos resíduos a nível nacional e das dificuldades de implementação de um sistema de recolha selectiva no concelho da Vila da Povoação. Neste dia contaremos com a presença do Director Regional do Ambiente, Dr. João Carlos Bettencourt. No dia 5 o destaque vai para as questões ligadas à biodiversidade, protecção do solo, da água e das espécies endémicas da região. A convidada para esta sessão é a Eng. Anabela Isidoro, Directora Regional dos Recursos Florestais. O dia 6 contará com a presença do Secretário Regional da Agricultura e Florestas, Dr. Noé Rodrigues. O ponto fulcral desse dia é a agricultura biológica e a sua importância para o desenvolvimento do sector agrícola em harmonia com a natureza.

Durante todo o seminário seremos obsequiados com a presença de membros do executivo camarário e da Escola Profissional da Povoação, que terão, também, oportunidade de proferirem algumas palavras.

Importa ainda referir que este Seminário será aberto a todo o público.

A NOSSA HORTA BIOLÓGICA








A Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira está a desenvolver, em parceria com a Câmara Municipal da Povoação, o projecto Eco-Escolas intitulado “Por um Solo Melhor”. Esta iniciativa levada a cabo por formandos do 2º ano do Curso de Turismo Ambiental e Rural, visa, essencialmente, educar e fazer com que a comunidade local respeite o solo, preservando as suas características naturais.

Para tal, foi criada uma horta biológica nas redondezas da Vila da Povoação com o objectivo dos formandos poderem cultivar os mais variados produtos de uma forma tradicional, respeitando sempre o ambiente. Este tipo de acção permitirá aos formandos e, posteriormente à população do Concelho, perceber como podem criar a sua própria horta e cultivar os mais variados produtos.

A nossa horta já conta com três produtos semeados: favas, feijão e ervilhas. O objectivo é continuar a plantar e/ou semear o maior número de produtos agrícolas, tendo em consideração as próprias épocas de plantio.

A nossa horta pretende que os alimentos sejam produzidos sem introdução de quaisquer substâncias tóxicas, fertilizantes ou pesticidas químicos. Assim sendo, toda a fertilização será feita através do processo de compostagem, ou seja, reciclando todos os restos de comida, de jardim ou horta produzidos em casa ou na própria Escola. Desta forma todos os alimentos são mais saborosos e o próprio solo torna-se mais fértil e saudável, evitando-se a erosão do mesmo e promovendo-se uma enorme variedade de colheitas de forma a não se colocar em risco a biodiversidade. A rotação de culturas tem, igualmente, um peso determinante para o sucesso da horta ao longo dos anos, não desgastando o solo.

E para que tudo corresse na perfeição aliaram-se a esta actividade o Sr. João Martins da Câmara Municipal da Povoação e o Eng. Álvaro Vitorino da Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário de S. Miguel. A todos os que nos ajudam a realizar este projecto, o nosso muito obrigado.

A Escola Profissional da Povoação orgulha-se de fazer parte deste pequeno gesto ambiental, esperando que possa contribuir para tornar o Concelho mais ecológico e saudável e os seus habitantes mais responsáveis e amigos do ambiente.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

ALTERNATIVA: RECICLAR





A problemática da produção de resíduos está inteiramente relacionada com o aumento da população mundial. Quanto mais população, maior é o consumo de recursos e maior será a produção de resíduos. Esta situação é um dos maiores problemas que a Humanidade enfrenta. Cada pessoa produz, em média, anualmente, cerca de 300 quilos de resíduos. Obviamente que esta situação não é igual para todos os países. Esta posição tem a sua génese no consumo desmedido das famílias, mais focada para os países desenvolvidos, e Portugal não foge à regra. Observe estes dados: Papel demora 3 a 6 meses a ser decomposto; Filtro do Cigarro e Pastilha Elástica demoram 5 anos a se decompor; Nylon cerca de 30 anos; Plástico e Metal mais de 100 anos; Borracha possui um tempo indeterminado de decomposição e o Vidro cerca de 1 milhão de anos. Mas, afinal o que é isto dos resíduos. Pois bem, resíduos constituem aquilo a que normalmente chamamos de “lixo”, ou seja, matérias sólidos, supérfluos e/ou perigosos, gerados pela actividade humana e que devem ser descartados ou eliminados.

Existem diversas categorias para abarcar diferentes tipos de resíduos: resíduos urbanos, resíduos hospitalares, resíduos perigosos, resíduos orgânicos, de inertes, domésticos, agrícolas e relacionados com os meios de transporte.

Na realidade não há forma de não se produzir resíduos, mas obviamente que esta questão poderá ter contornos mais suaves. A estratégia é tentar reduzir ao máximo o desperdício, tentar reutilizar ao máximo o que temos em casa e separar de uma forma eficiente os materiais recicláveis. Os ecopontos são uma excelente opção para se ter em casa, no jardim e no trabalho. A alternativa é reciclar o máximo que pudermos.

Praticamente todo o material que colocamos no “lixo” pode ser reciclado e reutilizado em diferentes situações. Este material pode ser recuperado e utilizado para produção de um novo produto, ou simplesmente pode ser reutilizado para fazer objectos decorativos para as nossas casas. É só preciso colocar a cabeça a funcionar e recriar objectos que vão valorizar o lar e, claro, diminuir os gastos e o desperdício.

A grande questão que todos nós colocamos é, de quando pensamos em lixo, pensar-se de que serve separar o lixo em casa se depois ele é transportado pelo mesmo meio de transporte? Realmente é uma situação lamentável e que se tenta travar a todo o custo. No nosso concelho ainda não existe uma recolha selectiva de resíduos. Mas porque ainda não existe? Não chega haver apenas força de vontade é preciso investimento aplicado ao nosso meio rural. Há que ter em consideração quatro factores fundamentais: a quantidade de resíduos que se produz no concelho, a qualidade desses produtos e tipos de produtos; a frequência com que são descarregados; e, por fim, a forma de pagamento comparticipada pelos cidadãos. Toda esta burocracia pode levar a uma perda de interesse tanto dos responsáveis pelo poder local, como pelos próprios investidores e população em geral.

Uma das grandes questões prende-se com a falta de educação e de comodismo das pessoas, que não sabem e não querem aprender. Por exemplo, se a acção de reciclar não for feita porta a porta, não nos parece que vá resultar. É necessário que a população aprenda e perceba que este problema tem de ser combatido o mais rapidamente possível. Contudo, para ajudar a tornar a população mais sensível para estas práticas ambientais, o grupo Eco-Escola vai promover uma acção de sensibilização nas escolas primárias da freguesia de Povoação, pois é em pequeno que se deve aprender a tomar conta do nosso património natural. Esta acção decorrerá no mês de Março e destina-se a celebrar o dia Eco-Escola.

Nunca se esqueça, sempre que puder recicle, reutilize e reduza. O futuro da Humanidade depende de nós!

PROTEGER O QUE É NOSSO













No passado dia 16 de Fevereiro o grupo Eco-Escolas deslocou-se ao Viveiro da SPEA localizado na freguesia e concelho de Povoação, com a finalidade de conhecer a biodiversidade vegetal existente na ilha de S. Miguel.

Durante toda a acção, que teve a duração aproximada de 2 horas, o grupo Eco-Escola visitou o viveiro e esteve atento às explicações dadas pelo guia sobre as germinações das plantas endémicas, sobre os projectos SPEA e Priôlo. Depois o grupo seguiu para a estufa. Deram a conhecer os trabalhos que são efectuados antes das plantas serem colocadas na estufa e os problemas associados à mesma. Depois foram explicadas as germinações e repicagens e, depois, seguimos para a parte exterior da estufa e para a zona de adaptação das plantas ao exterior. Foram plantadas algumas espécies endémicas, como a urze, uva da serra, sanguinho, folhado e pau branco em toda a zona envolvente.

Este tipo de acções promove a sensibilização para práticas ambientais mais sustentáveis e amigas do ambiente. A necessidade de se preservar o que é nosso e o que marca a diferença no nosso País, é o que move gerações. O grupo Eco-Escola orgulha-se de poder conhecer e de preservar estas espécies provenientes da floresta Laurissilva.

Assim, para que possamos estar ainda mais próximos destas espécies endémicas, nas próximas semanas, a SPEA e o Grupo Eco-Escola irá desenvolver uma acção de sensibilização na Escola através da colocação de plantas endémicas nos jardins da escola e a sua respectiva designação, assim como as restantes plantas existentes no jardim. Esta acção visa não só preservar aquilo que é único no mundo como, também, incutir em todo o grupo escolar a necessidade que há em proteger e salvaguardar o nosso património natural.

Acção de Limpeza de Resíduos nos Jardins da Escola






Para que a Escola seja um local de bem-estar com a Natureza, é necessário proceder a algumas acções de sensibilização, nomeadamente no campo da limpeza de resíduos. Os alunos pertencentes ao projecto Eco-Escola decidiram limpar toda a área dos jardins de modo a sensibilizar toda a massa escolar.

Foram encontrados inúmeros resíduos, desde filtros de cigarros a restos de plásticos. Ao início não estava visível o grau de “sujidade” do local, pois a maioria dos resíduos já se encontravam em estado de decomposição. Importa referir que, por exemplo, um filtro do cigarro demora cerca de cinco anos a se decompor e o plástico cerca de 100 anos.

É extremamente necessário e urgente proceder à colocação de cinzeiros, caixotes de lixo e respectivos eco-pontos no pátio da Escola e proceder a uma acção de sensibilização aos formandos e formadores para as consequências desta prática "inconsciente". É necessário que compreendam que para proteger as futuras gerações, o ambiente e os recursos naturais, é necessário proceder a práticas ecológicas sustentáveis assente nos princípios do desenvolvimento sustentável.

O FUTURO PASSA PELA AGRICULTURA BIOLÓGICA





Mas afinal o que é a agricultura biológica? Este tipo de agricultura assenta nos princípios da qualidade ambiental, protegendo os recursos naturais e facilitando o equilíbrio nutritivo. Ou seja, a agricultura biológica não utiliza químicos e fertilizantes que não sejam naturais, promovendo assim uma não contaminação dos solos e dos lençóis de água, deixando o solo no seu estado mais rico e fértil. Esta agricultura estimula o equilíbrio e biodiversidade, através da rotação de culturas, adubos ecológicos, combate de pragas e doenças de modo biológico. Assiste-se, assim, a uma interacção equilibrada entre solo/espécies vegetais/produção animal/Homem. O objectivo principal deste tipo de agricultura é produzir algo que seja benéfico tanto para o ser humano como para o meio ambiente, não gerando qualquer tipo de poluição.

Contudo, esta prática sustentável tem vantagens e desvantagens. Como vantagens temos: Ausência de pesticidas e fertilizantes químicos; Promove a biodiversidade; Promove o emprego, pois este tipo de agricultura necessita de alguma mão-de-obra; Diminuição das contaminações de águas subterrâneas e dos solos pelo uso de químicos; Melhoria da qualidade do ar, da água e do solo; Alimentos mais ricos e nutritivos. Como desvantagens temos: aparência do produto pode não ser a mais chamativa (brilho, tamanho, entre outros), apesar do enorme valor nutritivo; A durabilidade da conservação do produto, também, é mais reduzido; Custos de produção mais caros, logo os produtos também são mais caros.

Apesar de todas estas desvantagens, a verdade é que se tem assistido a um aumento desta prática por toda a Região, desde 1997. As ilhas com maior peso nesta área são: Terceira, S. Jorge e S. Miguel, com cerca de 66,5ha em 2006. As pastagens, os frutos secos e a horticultura detêm o maior peso desta prática sustentável. Sem dúvida que os Açores possuem uma enorme potencialidade para este tipo de agricultura devido à qualidade do solo e as condições climatéricas amenas, com precipitação durante todo o ano. Existem inúmeras explorações em S. Miguel e um destes exemplos mais marcantes é a Quinta Estrela em Rabo de Peixe, com uma áreas de 1ha. A produção baseia-se essencialmente em produtos hortícolas e citrinos, ervas aromáticas e amendoim. Outro grande exemplo é a Quinta do Priôlo, com cerca de 25ha, em Ponta Delgada. Para além de produtos hortícolas, têm também plantas decorativas e animais. Esta quinta funciona como horta pedagógica e promove a educação ambiental para crianças e jovens.

A Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira alia-se a esta prática ambiental, tendo em conta o seu projecto Eco-Escolas, e cria a primeira horta biológica que será “inaugurada” em Março deste ano. Esta horta biológica irá produzir diversos produtos hortícolas de um modo natural e sustentável, tendo em consideração os ciclos biológicos e a qualidade alimentar dos formandos da Escola. A Escola Profissional orgulha-se de inovar e de apostar naquilo que faz a diferença. O futuro começa agora!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Acção de Limpeza na zona das Caldeiras das Furnas - "Limpar, Reciclar e Aprender"



A turma de Turismo Ambiental e Rural da Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira participou numa acção de sensibilização ambiental, através de um convite formalizado pelo OMIC (Centro Microbiano dos Açores).

Esta iniciativa permitiu-nos reconhecer e compreender os diversos microrganismos existentes em toda a área das Caldeiras das Furnas, como forma de preservar todo o ambiental natural ali existente. A recolha de resíduos é, hoje em dia, uma temática verdadeiramente importante para a protecção do nosso planeta. Esta recolha deve ser implantada o quanto antes e deve começar pelos cidadãos, de uma forma cuidada e participativa, pois são eles que colocam todos os resíduos nos demais ecopontos. Este incentivo claro à reciclagem, à recolha de resíduos e à promoção da qualidade ambiental, só vem valorizar aquilo a que hoje chamamos de educação para o desenvolvimento sustentável.

A educação para o desenvolvimento sustentável procura o equilíbrio entre o bem-estar humano e económico e o respeito pelos recursos naturais. Infelizmente, hoje em dia, o respeito pelos recursos naturais está muito aquém do esperado, mas se quisermos melhorar um pouco que seja o nosso planeta devemos promover acções de sensibilização e de alerta ambiental de forma a proteger o nosso planeta e as gerações futuras.


Se quiser pesquisar e saber mais sobre a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável aceda ao link: http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Educa%C3%A7%C3%A3o+Ambiental/D%C3%A9cada+Educa%C3%A7%C3%A3o+para+o+Desenvolvimento+Sustent%C3%A1vel/








Dia da Floresta Autóctone



Para celebrar o dia da Floresta Autóctone, a turma de Turismo Ambiental e Rural da Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira, juntou-se à SPEA com o objectivo de preservar toda a Zona de Protecção Especial Pico da Vara/Ribeira do Guilherme.

Esta experiência permitiu-nos:
- promover a reflorestação de uma área;
- Aprender a plantar uma espécie arbórea de importância regional;
- Promover a educação e sensibilização ambiental;
- Fomentar práticas de equilíbrio ambiental.

Este tipo de iniciativas são determinantes para combater as espécies invasoras que existem na Região Autónoma dos Açores e consequentemente permitem manter a biodiversidade regional.

Muitos questionam o que é isto de espécies endémicas e de biodiversidade. Ora bem, segundo a Direcção Regional do Ambiente "Espécies endémicas são espécies cuja distribuição geográfica se limita a uma determinada zona do globo. Uma espécie endémica dos Açores significa que apenas existe, de forma espontânea, na Região Autónoma dos Açores. O facto dos Açores serem constituídos por ilhas, ou seja, regiões isoladas, contribuiu para o aparecimento destas espécies, que constituem um património natural único no mundo". Esta definição vem reforçar a ideia de que os Açores são uma região rica ao nível da sua flora e que o melhor que todos devemos fazer é proteger estas espécies, ou seja, a biodiversidade.